quinta-feira, 14 de março de 2013

Sorte ou Revés


Sorte ou Revés

As primaveras vão roubar
Toda rosa não vivida,
Toda obra construída.
E quando penso, percebo:
Tudo isso vai mudar.
E percebendo, penso:

E se os mares virassem cinzas
E os poetas ficassem ranzinzas?
O que seria de mim?
No fim, o que eu teria?

Afinal,
Quem norteará os ventos
E guiará os tempos?
Quem enviará um sinal?
Os ventos não precisam de direção.
Os deuses não requerem precisão.

Pois se os bobos ficassem tristonhos,
Os suicidas ganhariam a alegria,
Mas nada realmente mudaria.
As nuvens não desceriam do céu
E meus sonhos, eu casualmente seguiria.
Como se nada houvesse acontecido,
Como se o mutável fosse apenas
Um detalhe estático a ser compreendido.
(Dom. O) 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Adeus, meu amor

Aos montes, cai a chuva,
Da extensa paisagem turva

Debaixo dela, cá estou,
Não chorei sozinho,
A paisagem, comigo, chorou,
Pois ela seguiu seu caminho

No fundo, a gente entende,
Mas diz a própria gente,
Que as coisas da mente,
O coração não compreende

Você foi embora,
Realiza agora,
O meu maior temor,
Virou uma memória,
Adeus, meu amor

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Ventos de Veraneio

Esse foi um dos meus primeiros poemas e ele retrata umas das melhores sensações, a de tranquilidade e liberdade. Espero que gostem

Ventos de Veraneio

Essa brisa...
Que beija meu rosto alegrando o meu dia,
Cuja simpatia me traz um sentimento gostoso.
Como o cantar dos pássaros,
A tranquilidade dos lagos
E o correr dos riachos.
Como a falta de pressa, a calma
Que expressa à harmonia entre o corpo e alma.
Que dançam suavemente
Sob as lacunas da minha mente
Preenchendo o resto que o mundo deixou,
Me fazendo sentir uma folha,
Uma folha tão leve
Que a brisa levou...

(Dom. O)

Nasce, Vive, Morre

Nasce, Vive, Morre

A comida é cozinhada, posta e degustada
O veneno é feito e posto a aguardo
A vítima bebe seu algoz aguado
O assassino e sua mente ficam a sós
A fórmula queima e mata sem dó
A vítima sente, geme e morre
O assassino é descoberto e, por instinto, corre
A corrida veloz é interrompida
A esperança do criminoso se torna falida
O homem que o prende é parente da vítima
Ele o leva para um beco, o tortura e o mata
O irmão do assassino o pega no flagra
E faz questão de fazer a formula, novamente
Que é posta na janta do guarda delinquente
Que parte sem deixar qualquer explicação
Provocando a vingança em seu amado irmão
Que, em fúria, atrás do assassino, corre!
O mundo é um ciclo

Nada fica e tudo se recicla
Tudo nasce e nada realmente morre
Tudo nasce, vive, nasce!

(Dom. O)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Moda de Pistola

Embora tenha acontecido um recente evento trágico, tenho que dizer que esse poema não foi feito inspirado no acontecido, mesmo tendo, distantemente, algo a ver com ele.

Moda de Pistola

Ergo-me da cama 
Sem saber o que me clama
Penso na vida e na sua despedida
Cumprimento à morte, nossa vizinha
Pois sei que nessa noite, muitos a viram.

Vago pelas ruas
Onde vejo maldades nuas
Andando e sendo temidas
Feitas sem ser às escondidas
Como algo normal
Algo do dia-a-dia

Vejo o grande Ceifador
Hoje um latifundiário
Espalhando a grande dor
Fazendo os vivos de otário

Empresária da morte
Amiga do crime
Não se viu na história
Uma assassina tão sublime
De tamanha eficiência 

E grande porte

De terno ela anda
De cadáver é teu cheiro
Eis que ela é
Um lobo em pele de cordeiro

(Dom. O)

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Metamorfose Mental

Olá, me chamo Rogério Leiro, serei um dos colaboradores do blog juntamente com Matheus e Dom.O, espero que gostem , um abraço!Ai está minha primeira postagem:

Só olhava pra você com espada e javelin
Eu até me esquecia que você sabe cuspir
Mas eu fui desarmado pela falta de maldade
Tranquilidade

Eu gostava de ficar em cima de um zepelim
Me julgava importante como uma flor de jasmim
Eu hoje descobri não existe capacidade
Tranquilidade

O leão aprendeu a não matar a zebra
O dragão aprendeu a não soltar labareda
Eu olhava como cobra que não sabe enxergar
Capacidade de amar

A zebra aprendeu a não fugir do leão
A labareda aprendeu que não existe dragão
A cobra descobriu que sabe abraçar
Capacidade de respeitar

Meu amigo tubarão já não é mais meu irmão
Fui parar no encanamento só porque  virei cão
A minha sorte é que sei andar, nadar e voar
Capacidade de abandonar

Eu estava no céu, uma nuvem preta me fisgou
Pegou cães, gatos e aquele que me amou
Os animais a nuvem transformou, de 3 animais uma tempestade se precipitou
Generalidade

A tempestade passou e o sentimento durou
A ilusão amenizou mas está em atividade
O filhote já cresceu e não tem liberdade
Exterioridade

Fuji da tempestade, fui parar numa prisão
Onde todos tem roupas iguais mas tem personalidade
Na cadeia a gente colhe aquilo que a gente planta, todo mundo planta ilusão, ninguém planta humildade
Não é coerção, é apenas a verdade

Muito prazer, eu sou o Dom. O

Bem, o blog já foi oficialmente apresentado e muito bem iniciado, ou seja, sinto a obrigação de postar algo! hehehehehe! La vai:

Ressaca

Garçom, mais uma dose, por favor,
Pois estou desesperado,
Me sinto angustiado,
Sentimento traidor.

Minha alma,
Minha alma clama pela cura,
És tu que meu presente procura,
Que habitas meu passado
E me fazes sofrer.

Mas minha amiga Experiencia
Me contou que só sofre de ressaca
Quem para de beber.
Garçom, mais uma dose, por favor.

(Dom.O)