segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Moda de Pistola

Embora tenha acontecido um recente evento trágico, tenho que dizer que esse poema não foi feito inspirado no acontecido, mesmo tendo, distantemente, algo a ver com ele.

Moda de Pistola

Ergo-me da cama 
Sem saber o que me clama
Penso na vida e na sua despedida
Cumprimento à morte, nossa vizinha
Pois sei que nessa noite, muitos a viram.

Vago pelas ruas
Onde vejo maldades nuas
Andando e sendo temidas
Feitas sem ser às escondidas
Como algo normal
Algo do dia-a-dia

Vejo o grande Ceifador
Hoje um latifundiário
Espalhando a grande dor
Fazendo os vivos de otário

Empresária da morte
Amiga do crime
Não se viu na história
Uma assassina tão sublime
De tamanha eficiência 

E grande porte

De terno ela anda
De cadáver é teu cheiro
Eis que ela é
Um lobo em pele de cordeiro

(Dom. O)

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